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Sobre Mário Mendes

Nascido no Barreiro em março de 1973, Mário Mendes é o herdeiro de um legado fotográfico que atravessa gerações. Proveniente de uma família dedicada à arte de capturar a beleza e a essência do mundo através da objetiva, cresceu rodeado por referências visuais, técnicas apuradas e uma profunda paixão pela fotografia.

A sua ligação à imagem remonta ao avô, o Mestre David Mendes (1916–1974), retratista de referência nos anos 40, cujo trabalho marcou uma época. Seguiram-se os tios Mário Mendes e José João Mendes, e a mãe, Felismina Mendes, que também trilharam o mesmo caminho, tornando a fotografia uma tradição familiar viva desde 1938.

Desde cedo, Mário desenvolveu o seu olhar fotográfico, movido por uma curiosidade instintiva e uma vontade incessante de explorar luzes, sombras e enquadramentos. O início foi intuitivo, sem fins comerciais, mas foi nessa fase que amadureceu uma linguagem visual própria, enraizada na tradição familiar e orientada por um sentido autoral forte.

O Trabalho

Atualmente, colabora com uma das maiores empresas de fotografia “on-demand” do mundo — a primeira plataforma global com integração de inteligência artificial para processamento de imagem. Nesta função, realiza trabalhos especializados na área da fotografia de arquitetura.

Como fotojornalista, desenvolve reportagens para meios de comunicação nacionais e internacionais, sendo colaborador regular de um dos jornais generalistas diários mais prestigiados e lidos em Portugal, com uma circulação superior a 110 mil exemplares por dia.

Paralelamente, dedica-se à formação, ministrando cursos particulares de fotografia, onde partilha a sua experiência e visão com novos talentos.

   

Fotografia de Autor

É na fotografia de autor que Mário Mendes encontra o seu território mais pessoal e expressivo. A sua obra contempla séries de edição limitada, cuidadosamente produzidas, onde cada imagem é pensada como uma peça única — uma extensão do seu olhar, da sua estética e da sua identidade criativa.

  

A Visão

“A criação de uma obra de arte compete apenas ao seu autor. Quando crio uma fotografia, preciso de a acompanhar desde o primeiro instante até à sua finalização. É como um filho: ninguém melhor do que eu para cuidar de algo que faz parte de mim.”
Mário Mendes

Opinião de Denise Bethel

É com grande prazer que partilho as minhas impressões sobre o seu trabalho fotográfico.

Ao observar as suas obras, sou imediatamente tocada pela profundidade emocional e pela clareza técnica que atravessam cada imagem. O seu trabalho não é apenas visualmente cativante — revela também uma sensibilidade apurada e uma compreensão profunda da narrativa fotográfica.

A forma como capta a luz e a sombra é particularmente notável, criando atmosferas que não apenas definem os espaços, mas também evocam um vasto leque de emoções. A sua capacidade de encontrar beleza nos detalhes mais subtis, aliada a uma composição que conta histórias completas num único enquadramento, é verdadeiramente excecional.

O domínio técnico é evidente: as escolhas de enquadramento, perspetiva e composição revelam um conhecimento rigoroso e um olhar estético refinado. Cada imagem parece cuidadosamente pensada, resultando num conjunto coeso, sofisticado e poderoso.

O que mais se destaca no seu trabalho é a forma como consegue estabelecer uma ligação íntima entre as suas imagens e o espectador. Não se limita a capturar momentos — transmite emoções, significados e atmosferas que perduram. Essa capacidade de criar uma experiência visual com impacto emocional é rara e valiosa.

Em suma, o seu trabalho é um testemunho claro do seu talento e da sua dedicação à arte fotográfica. É inspirador ver como consegue unir técnica e emoção com tanta harmonia. Parabéns por construir um portefólio que impressiona não apenas pela qualidade estética, mas também pela profundidade expressiva.

Denise Bethel
Ex-Diretora do Departamento de Fotografia, Sotheby’s
Consultora independente, escritora, professora e avaliadora de fotografia

Letter of Opinion on the Photographic Work of Mário Mendes

It is with genuine admiration that I offer my reflections on the photographic work of Mário Mendes, whose images stand as a powerful testament to the enduring potential of photography as both craft and language.

Mendes’s photographs are rooted in a tradition of visual storytelling that honours history while embracing a contemporary sensibility. His familial lineage, active in photography since 1938, is evident not only in his technical fluency but in the deep reverence he shows for the act of seeing. This is not photography for spectacle, but for memory, atmosphere, and presence.

In his architectural photography, one observes an elegant understanding of form, scale, and light. His frames are neither cold nor impersonal — they breathe. Mendes captures the spirit of spaces in ways that are as analytical as they are emotional, inviting viewers to inhabit the image with quiet intimacy.

His authorial work, particularly in limited series, displays a refined balance between minimalism and emotion. These photographs don’t shout; they speak in measured tones, rich in subtext. They leave room for contemplation. His compositions suggest the influence of classical structure, yet are entirely his own — confident, subtle, and controlled.

What is most striking, however, is the sincerity of his photographic voice. In a visual culture often saturated with immediacy and noise, Mendes offers clarity, patience, and depth. His work slows the gaze, asks questions, and reminds us of the quiet potency of the well-seen moment.

Mário Mendes is not merely a skilled technician nor a visual poet — he is both. His work deserves careful consideration, serious discourse, and lasting appreciation.

Respectfully,
Pete James
Curator of Photography 
Birmingham Central Library, UK

APP Imagem Associação Portuguesa dos Profissionais da Imagem
Federation of European Photographers

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 ♦ Following the family tradition since 1938

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